quarta-feira, 20 de março de 2013

Ritalina, Fluoxetina e psicoestimulantes para crianças.

Começou com um bate papo no FB e indicação de uma querida para o tema aqui no blog. (obrigada Carol =)
É que depois da reportagem do Fantástico o tema ficou aguçado nas redes :)

Devemos lembrar que cada criança tem suas peculiaridades e que o diagnóstico é clínico e baseado no cotidiano,  não existe um nivelamento numérico ou um marcador biológico  para o comportamento, do tipo: levantar da carteira escolar até 5 vezes é "normal", a 6ª é indicação pra Ritalina!
Impaciência e falta de concentração, em si, não são suficientes para indicação medicamentosa, como explica melhor o Dr. Drauzio Vallera aqui.
Porém existe um Consenso Internacional Médico concordando que o TDAH é um distúrbio neorobiológico, de causa genética e que geralmente permanece durante a vida toda.
Li há algum tempo o livro No mundo da Lua, de Paulo Mattos, perguntas e respostas para você conhecer melhor o assunto. Também tem o Mentes Inquietas, da Ana Beatriz Barbosa Silva, super instrutivo. Para quem quiser ler sobre o tema, fica a dica.
O site da  Associação Brasileira do Défict de Atenção é um ótimo lugar para você tirar suas dúvidas. Pode acessar clicando aqui.

Não tenho em casa ninguém que passou por este diagnóstico, não sei na minha pele o que é ou não dar psicoestimulantes para meus filhos. É necessário o diagnóstico feito por bons médicos e ter mais de uma opinião, já que o tratamento com o medicamento é uma decisão pessoal dos pais, não obrigatória.
Aqui no link do site do Instituto Paulista de Déficit de Atenção alguns especialistas respondem aos questionamentos básicos.

Creio que nós, mães, devemos ampliar nosso conhecimento específico de acordo com a demanda. Ler casos clínicos de pessoas que tomaram e dos que não, procurar falar com neuros, psiquiatras e mães que vivenciam diariamente este assunto e não ter medo de enfrentar nossa realidade, seja qual for. Fingir que nada está acontecendo não resolve, mesmo na dificuldade.
Mesmo com muita informação devemos lembrar que, não estamos aptas para diagnosticar ninguém.

Não sou à favor da banalização do diagnóstico e da rotulação! Preguiça de professor com aluno mais "ligado" não é indicativo de qualquer déficit.
Escola sem preparo e sem acompanhamento de psicólogos não é desculpa para indicação incoerente.
Negligência de mães por não aceitarem déficits de seus filhos, prejudicando o seu futuro e limitando suas escolhas no amanhã, não muda a realidade dos fatos.

Assim como o TDAH outro diagnóstico polêmico são os relacionados ao Transtorno de Ansiedade, afetando 10% das nossas crianças, com uma abrangência enorme de Transtornos específicos, como o transtorno de ansiedade de separação, social, pânico e outros.
Aqui você pode ler um artigo da Associação Brasileira de Psiquiatria, bem técnico e muito esclarecedor.
Dependendo do nível de ansiedade a indicação será para psiquiatria, o fluoxetina mencionado no título foi apenas uma citação, um dos mais comuns para crianças, mas existem vários outros componentes farmoquímicos disponíveis, a indicação vai depender da avaliação médica.

Também da Ana Beatriz, o livro Mentes Ansiosas é ótimo. Faz parte da biblioteca aqui de casa e indico.
Com um texto mais técnico, alguns autotestes e leitura ótima é o livro Livre de Ansiedade, do Leahy Robert L. Pra quem quiser ler e conhecer mais o tema, eis a dica!

Para ambos os casos, a psicoterapia é ótima ferramenta! Para crianças com os transtornos e seus pais, envolvidos diretamente.

Se você estiver passando por algo assim, não duvide, busque ajuda, mantenha a Fé e força!
Tudo na nossa vida são fases, mas o tempo por si só não cura, não melhora e não resolve as fases difíceis, por mais que nos sintamos impotentes quando envolvidos nestas situações, devemos agir.
Logo você estará mais forte e mais preparada e esta fase terá passado.

Espero ter colaborado, de alguma forma.


terça-feira, 19 de março de 2013

Profissão, Mãe

Recebi uma atividade para fazer com minha filha caçula, 4 anos, com o seguinte título:

"Mamãe, escreva sobre sua profissão e nos envie uma foto de seu instrumento de trabalho."
Enviei o seguinte:

Podemos entender como profissão o trabalho ou atividade exercido na sociedade. Algumas profissões requerem conhecimentos e estudos, outras habilidades e algumas ambas as coisas!
No caso de mãe, tudo isso e um pouco mais. O que fazemos influencia diretamente e molda a sociedade como um todo.
É preciso ir atrás de conhecimento e treinar nossas habilidades, aplicando diariamente novas formas de fazer o velho, de um jeito melhor e personalizado!
Sim, isso por que cada filho requer algo específico, não é o tipo de "treinamento" padrão.
Temos que escutar, dedicar longas horas de conversa para passar nosso melhor lado, nossos valores, fé, princípios e tato, muito tato! O que se transforma em nossa principal ferramenta de trabalho: carinho em forma de beijos, abraços, ouvidos, mãos e um amor eterno.

Segue foto de meu principal instrumento de trabalho, com minha pequena filha Sara.





sexta-feira, 8 de março de 2013

Inclusão Escolar

Amei ter visto o  Hang Out que rolou esta semana: "Inclusão escolar, sonho ou realidade" e conhecer histórias de famílias felizes,  mesmo com as dificuldades.
Muita coisa é bem distante da minha realidade como mãe de 03, mas me identifiquei em várias outras como por exemplo a integração entre os irmãos, o acompanhamento intenso dos pais nos estudos e até mesmo a cobrança para com a escola por uma inclusão melhor.

Não tenho filhos portadores de necessidades especiais e não sei o que é lutar de fato por esta inclusão, por estrutura física e capacitação de profissionais que entendam o desenvolvimento cognitivo, físico e psíquico, que saibam lidar e incluír o aluno especial no contexto do aluno não portador de qualquer necessidade especial. Não, não sei o que é isso. Mas como mãe sei o que é ter participação ativa na escola (instituição) e na vida escolar de meus filhos, o que é ter que deixar tudo por um tempo e se dedicar na formação das vidas mais importantes que temos, com um olhar muito mais abrangente que grade curricular, considerando  os valores passados em sala de aula, o senso de cidadania da escola e a sensibilidade (ou falta dela) do professor.

Constatei, por minha experiência, que falta inclusão de massa, do básico.
Inclusão do gordinho, do bravinho, da altona e de tantos outro rótulos que surgem da própria escola, em sala de aula, do próprio professor que exclui alguns e cria nichos dividindo a classe.
Situação esta que venho acompanhando de perto e vivendo na pele de mãe. Professor rotula aluno, causa constrangimento em classe e provoca reação infantil e imatura (ups!) de uma criança (redundância!?).

Sonho com inclusão escolar para todos. 
Para que os portadores de necessidades especiais tenham lugar apropriado para o estudo, aprendizado e desenvolvimento social encontrando na instituição boa estrutura e bom coração.
Falta tato nos formadores de opinão, nos líderes de escola e no governo para criar harmonia e sinergia.

Esta tem sido minha experiência. Torço para que a sua seja melhor.


sexta-feira, 1 de março de 2013

Platão estava certo!

Estava longe e por perto, sem postar por alguns meses mas na blogosfera.

Nestes meses de navegante, lendo algumas publicações, relatos e desabafos vi o quão latente é a busca pelo equilíbrio da mãe e mulher em cada uma de nós.
Carreira e cuidados. O eu, você e nós.
São escolhas diárias entre o que queremos fazer, o que precisa ser feito e o que é (ou deveria ser) inegociável. 
Parece que a "fórmula" está na dosagem de cada faceta que existe em nós. Mulher, Mãe, Profissional, Amiga, etc....etc...
Já dizia o filósofo Platão: 

"A saúde é o resultado do equilíbrio das partes na sua relação com o todo"

Concordo com ele, o equilíbrio gera saúde. Os extremos adoece.
Neste pensamento de cuidados com você mesma, com seus filhos, família, carreira, conhecimento interno e externo, sociedade, coletivo é que volto nas postagens de 2013.

Fique por perto :)
Bjo
Dri Souto